quinta-feira, 13 de maio de 2010

Oops!

Saber que eu não tenho chance, é isso que dói. Saber que houveram alguns anos em que eu me fiz acreditar que haveria um momento, que mesmo que distante, você me veria assim como eu sou e, só pelo fato de te amar, você me amaria. Era esse o momento, em que nós seríamos pra sempre, mesmo que durasse um dia ou dois. Mas que estivéssemos sóbrios e que nos lembrássemos e quiséssemos fazer o que fosse por nós mesmos e não pela coragem dada pela bebida.
Saber que eu nunca ocupei um ‘vírgulazinha’ desse seu coração, enquanto você deixava no meu uma ‘vírgulazinha’ para todo o resto do mundo, do meu mundo, da minha verdade. Dói. Dói saber que uma vaidade minha tenha tomado proporções imensuráveis, e saber que aquele dia, que me alegrou por muitos momentos, não foi de verdade, não foi nosso, foi daquele (ou daqueles) copos. E fixar que aquele momento é o que me faz pular fora.
Saber que tomei decisões na minha vida, baseadas em outra vida, que agora não importa e talvez nunca tenha importado, e que mais pra frente não vai mais fazer diferença. Que o que está me levando, me faça um dia voltar, plena ou curada.